b)
Rios de Água Viva |
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O Senhor
Jesus afirmou que, "rios de água viva" fluiriam do interior
dos que nEle cressem (Jo. 7:37-39). Por que a maior parte dos cristãos
não experimenta isso? Qual é o impedimento? Nosso "Eu"!
Nossa alma precisa ser quebrantada; a fim de que a vida do Espírito
Santo que habita em nosso espírito possa fluir. Não é
o caso de não termos vida, mas a dificuldade está na "casca",
ao redor do nosso espírito. Jesus disse que se "o grão
de trigo cair na terra e não morrer, ele fica só; mas se
morrer ele dá muito fruto" (Jo. 12:24). Como é que
grão de trigo morre? Da mesma forma que o grão de feijão.
A vida já está lá dentro, mas o problema está
na casca. Uma vez que a casca for quebrada, a vida sairá e se multiplicará.
Não se trata de buscar vida do lado de fora, mas em se permitir
que a vida que está dentro, possa ser libertada. Isto só
acontecerá se nós experimentarmos. |
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c)
A Obra da Cruz |
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O Senhor Jesus disse que se
quisermos segui-Lo, deveremos negar a nós mesmos, e tomar nossa cruz
cada dia (Mt. 16:24). Creio que muitos filhos de Deus não compreendem
o que é tomar a Cruz. Geralmente tal expressão é interpretada
como sendo as dificuldades e dores que enfrentamos nesta vida. Devemos lembrar que "tomar a cruz", nos fala de "algo não merecido". O Senhor não mereceu carregar aquela Cruz, na qual foi pregado. Ele a aceitou voluntariamente, e não por compulsão! A nossa Cruz, mencionada em Mateus 16:24, tem o mesmo significado. Ela nos é oferecida, não quando estamos em pecado e desobediência para com Deus, mas sim, quando estamos em plena comunhão com Ele. Quando nos deparamos com situações que não merecemos, isto quer dizer que estamos diante da "nossa" Cruz. Podemos tomá-la, ou recusá-la. A oportunidade a nós oferecida, é a de "negar a nós mesmos" e seguirmos ao Senhor. O "Eu" não aceita ir para a Cruz, mas devemos negar suas exigências. O "tomar a cruz" quer dizer aceitar o que Deus determinou para nós, e obedecê-Lo sem murmurações. Se reclamarmos, aquela situação será apenas dor e sofrimento. Nosso "Eu" continuará intacto; nossa alma não será quebrantada, e o Espírito Santo continuará aprisionado dentro do nosso espírito. |
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d)
A Viúva e a Botija de Azeite |
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O milagre realizado por
Elizeu em 2 Reis 4:1-7, nos fornece uma perfeita ilustração
do que falamos acima. Sem o quebrantamento da nossa alma, não poderemos
experimentar os "rios de água viva" fluindo do nosso
interior. Se desejamos ser "cheios de dentro para fora", precisamos
ser esvaziados primeiro. "Na economia de Deus, o esvaziar vem antes
do encher". O "Eu" ocupa um grande espaço da nossa
vida interior, daí a necessidade do esvaziar primeiro, para depois
o Espírito Santo nos encher. |
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e)
Vasilha Vazias |
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Se o Espírito Santo deve nos encher de dentro para fora, o espaço interior precisa ser criado. Este é o sentido de conseguir "vasilhas vazias". As situações criadas pelo Senhor, têm como alvo fornecer o espaço para o Espírito encher. Nós não provocamos tais circunstâncias; elas são preparadas pelo próprio Senhor. Ele conhece nossos "pontos fortes", e vai dirigir a "obra da Cruz" exatamente para o alvo visado. Se coubesse a nós realizar tal quebrantamento do "Eu", poderíamos colocar força demais ou força de menos. Mas, o Senhor nos conhece perfeitamente. | ||
f)
Os Visinhos |
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Eliseu disse à viúva
para pedir vasilhas emprestadas "aos vizinhos". O que representam
eles? Quem são os vizinhos dos redimidos do Senhor? Os ladrões,
os viciados, os mundanos, os adúlteros? De forma alguma! Nossos vizinhos
são os familiares e os irmãos e irmãs em Cristo. São
eles os que estão mais perto de nós, e somente eles poderão
nos "emprestar" as vasilhas vazias. Mas, como isso acontece? Como
é feito tal "empréstimo"? Num determinado dia, estamos cheios de alegria na presença do Senhor! O que doce comunhão! Nesse momento nosso Senhor prepara um certo irmão ou irmã, ou um membro da nossa família, com o propósito de nos emprestar a vasilha vazia que precisamos. Uma pequena palavra, um simples olhar e lá se vai todo o nosso "ar"! Chegamos à comunhão dos santos pisando nas nuvens, abrimos nossa boca para repartir a Palavra do Senhor, e em seguida um irmão nos diz: "Suas palavras foram bonitas, mas para mim, você falou na carne!" Tais palavras são para nós, como um espinho pontiagudo espetando um balão. Imediatamente, somos esvaziados por tal comentário. Isto é a "obra da Cruz". Nosso "Eu" foi ferido e vai querer desforra, mas, nesta hora ele deve ser "negado" quanto aos seus direitos. Tomamos nossa Cruz e seguimos ao Senhor. Este irmão ou irmã, acaba de nos fornecer a vasilha vazia. O que fazer em seguida? Entramos no recinto secreto, e dizemos ao Senhor: "Senhor amado, dou-Te graças pelo vazio criado. Meu irmão acaba de criar o espaço; encha-o com o azeite do Teu Espírito!" Fazendo isso, nós negamos a nós mesmos; nosso "Eu" vai para a Cruz e o Senhor reina em nós. O "Eu" diminui, mas Cristo cresce em nós! Assim o Senhor Jesus é formado dentro de nós, conforme as palavras de Gálatas 4:19 e somos feitos conforme a imagem do Filho Primogênito (Rom. 8:29). |
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g)
Vasilhas Vazias "Não Poucas" |
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Eliseu aconselhou aquela viúva que pedisse vasilhas emprestadas, mas acrescentou: "não poucas" (v. 3). Isto é, o Senhor coloca em nossas mãos a “medida do nosso enchimento”. O volume das águas vivas do Espírito em nós, depende da profundidade em que a obra da Cruz é realizada em nós. Não significa que devemos "procurar" ou "promover" as situações, que possam causar nosso quebrantamento. Devemos simplesmente, aceitar aquilo que o Senhor nos oferece e nada mais. Ele e somente Ele, conhece o tempo certo, a pressão exigida, e a duração suficiente para quebrar nosso "Eu". Podemos e devemos orar ao Senhor dizendo: "Senhor, opera profundamente com a Cruz em minha vida. Estou desejoso de negar a mim mesmo, de tomar minha Cruz cada dia e seguir-te. | ||
h)
Nada... Senão Uma Botija de Azeite. |
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Quero concluir esta meditação,
comentando as palavras daquela viúva: "Tua serva não
tem nada em casa, senão uma botija de azeite" (v. 2b). Sabemos
que o azeite é símbolo do Espírito Santo nas Escrituras.
Assim é a vida de muitos filhos de Deus hoje. A realidade do Espírito
Santo em suas vidas é tão nula, que podem repetir com aquela
viúva: "... nada em casa, senão uma botija de azeite".
Mas, não devemos esquecer que, toda a plenitude resultou daquela
pequena e simples "botija de azeite". O segredo estava naquilo
que a mulher chamou de "nada" em casa. Prezado irmão(a), o Espírito Santo é como "nada" em sua vida? Siga o conselho do nosso "Eliseu" celestial, e aceite as vasilhas vazias, que seus irmãos e irmãs lhe oferecem frequentemente. Louve ao Senhor quando você for "esvaziado", porque o alvo do Senhor é enchê-lo com Seu Santo Espírito. Não despreze a "obra da Cruz", e consiga o maior número de vasilhas vazias que puder, pois cada espaço vazio criado, o Senhor encherá com o azeite do Espírito! Amém! |
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