Bem-aventurado o povo a quem assim sucede! Bem-aventurado o povo cujo
Deus é o Senhor. Salmo 144: 15
Temos visto nestes dias de campanha eleitoral em 2010, sendo postos
pontos de vista religiosos sobre algumas questões em debate;
como a legalização do aborto, casamento entre homossexuais
e consequentemente a laicidade do Estado, ou seja, a divisão
entre Estado e Igreja em questionamento. Desta forma, obrigatoriamente,
temos de fazer algumas considerações:
Definição: Laicismo é Rejeição
do clericalismo, isto é, da influência do clero na vida
pública; secularismo anticlerical.
O
Estado pode ser laico? Como corrente de águas é o coração
do rei na mão do Senhor; ele o inclina para onde quer. Provérbios
21:1
O ideal de governo é o famoso paramento (DO, PELO, PARA); governo
DO POVO, PELO POVO e PARA O POVO. Então veja que o centro de
todo governo legítimo é o povo; e analisando o povo, as
sociedades, notamos que nunca existiu um povo sem religião ou
ateu. Nunca! Mesmo sociedades socialistas, como a da extinta União
Soviética (URSS) que pregava o ateísmo, contudo a religião
continuou dentro da sociedade, até como forma de resistência,
bom exemplo disso é a China comunista que combate a religiosidade,
porém a igreja cristã tem notado um grande crescimento
em oculto, pois o culto é proibido, e em contrapartida a China
incentiva o Confucionismo que apesar de ser uma religião parece
mais uma conduta filosófica.
Desta forma o Governo (político) tem de analisar as opções
do povo e governar de acordo com estas demandas; protegendo as minorias,
mas não impondo a vontade da minoria sobre a maioria.
Isso
só se vê no cristianismo. Portanto vos digo: Todo pecado e blasfêmia se perdoará
aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não
será perdoada.
Se alguém disser alguma palavra contra o Filho do homem, isso
lhe será perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito
Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo, nem no
vindouro. Mateus 12: 31-32
A bem da verdade, toda essa discussão pode ser feita em nossa
sociedade, pois ela de maioria cristã. Se fossemos uma sociedade
islâmica como no Oriente Médio, o simples fato de dizer
que a religião não deve interferir no Estado poderia gerar
revoltas e até morte, além de ser crime o homossexualismo
e liberdade feminina, nem pensar.
Sendo assim, todos deviam dar graças a Deus por estar em um país
cristão, no qual se tem liberdade religiosa, inclusive para não
ter religião e até falar mal da igreja, dos religiosos,
de Deus, da doutrina, etc. Veja que isso não ocorre no oriente
islâmico. Só para citar uma exemplo, lembre de Salman Rushdie,
romancista britânico, autor do romance Versos satânicos
(1988) foi considerado um insulto ao Islã e por isso foi condenado
à morte pelo aiatolá Ruhollah Khomeini. Existem vários
outros exemplos mais atuais, principalmente depois do 11 de setembro
nos Estados Unidos.
Marcas
da religião no Estado. Antes te lembrarás do Senhor teu Deus, porque ele
é o que te dá força para adquirires riquezas; a
fim de confirmar o seu pacto, que jurou a teus pais, como hoje se vê.
Deuteronômio 8:18
Todo governo tem uma posição religiosa, consideramos o
ateísmo como uma posição, pois todo ser humano
tem fé, mesmo que seja a fé que Deus não existe,
sendo assim os governantes são influenciados por suas convicções
ou dúvidas religiosas, prova disso são os vários
monumentos religiosos em varias cidades do Brasil e do mundo, feriados
de dias santos como o 12 de outubro (padroeira do Brasil) e até
as cédulas do real possuem a inscrição “Deus
seja louvado”. Estas influencias religiosas chegou ao ponto de
juízes aceitarem mensagens psicografadas de mortos, como provas
legais. Se esses juízes tivessem uma inclinação
evangélica ou católica isso não teria acontecido.
A
imagem do Cristo é vista em varias cidades do Brasil, não
só no Rio de Janeiro, porém a questão de
imagem e característico da religião Católica,
pois evangélicos e judeus não utilizam imagens por
considerar pecado contra um dos dez mandamentos da Lei de Deus. Não farás para ti imagem esculpida,
nem figura alguma do que há em cima no céu, nem
em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Exodo
20:4
Na Bahia a questão
das religiões de raiz africana como: candomblé,
umbanda, quimbanda, macumba e outras, são consideradas
culturais e incentivadas pelo Governo baiano. Haja visto ao lado
as imagens de orixás em um ponto turística da Bahia,
o Dique do Tororó; também neste ano de 2010 o Governo
baiano criou o Turismo Étnico pelo qual alguns terreiros
de candomblé passas a fazer parte do itinerário
turístico da Bahia
Igreja
versus Estado E eles, quer ouçam quer deixem de ouvir (porque eles
são casa rebelde), hão de saber que esteve no meio deles
um profeta.
E tu, ó filho do homem, não os temas, nem temas as suas
palavras; ainda que estejam contigo sarças e espinhos, e tu habites
entre escorpiões; não temas as suas palavras, nem te assustes
com os seus semblantes, ainda que são casa rebelde.
Mas tu lhes dirás as minhas palavras, quer ouçam quer
deixem de ouvir, pois são rebeldes. Ezequiel 2: 5-7
A
igreja cristã de forma geral sempre apóia ou é
neutra com relação ao Estado, mudando esta posição
somente quando alguma lei ou atitude do Estado vai contra os ensinamentos
da fé cristã.
Um exemplo disso foi quando, na Bahia nos tempos de vida do Senador
ACM, tentou-se mudar o hino da Bahia de Hino ao 2 de Julho para o hino
ao Sr. do Bomfim, isso gerou no meio evangélico grande desconforto
e até ameaça de desobediência civil, pois dentro
da doutrina evangélica é expressamente proibido o louvor
e culto a imagens. Todo esse embate resultou que hoje o hino da Bahia
continua sendo o Hino ao 2 de Julho e não ao Sr. do Bomfim.
Coisa semelhante aconteceu nesta eleição de 2010, com
relação a criminalização das ideias cristãs
relativas ao homossexualismo ser pecado, ou seja, tentou-se colocar
uma lei dizendo que princípios cristãos eram crime. Daí
a reação das igrejas tanto católica como evangélica
contra essa lei a APL 122.
Guerra
pela fé Eis que hoje te ponho como cidade fortificada, e como coluna
de ferro e muros de bronze contra toda a terra, contra os reis de Judá,
contra os seus príncipes, contra os seus sacerdotes, e contra
o povo da terra.
E eles pelejarão contra ti, mas não prevalecerão;
porque eu sou contigo, diz o Senhor, para te livrar. Jeremias 1: 18-19
Os
contrários a intervenção da igreja no Estado sempre
lembram que a fé foi motivo de guerras, cito Cruzadas e Guerras
Santas. Porém isto não é verdade, o motivo das
guerras são sempre interesses políticos e econômicos,
a religião é apenas uma desculpa ou um motivador para
o povo ir à guerra. Contudo outros motivos podem ser usados também,
veja abaixo:
- Por amor (Guerra de Tróia, por causa de Helena)
- Pelo povo (A União Soviética invadiu o Afeganistão)
- Por questões humanitárias ( Os Estados Unidos invadiu
o Haiti)
- Contra o terror (os Estados Unidos invadiu o Iraque)
- Pela Liberdade (Os Estados Unidos invadiu o Kwati)
Como
se vê o ser humano só esta buscando motivos para a guerra,
pois lutar por terras, dinheiro, petróleo não motiva muito
o povo. E toda religião possui pontos mais exaltados pelos quais
os aproveitadores e enganadores do povo usam. Veja o exemplo de uma
fala de Jesus. Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra
seu pai, a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; e
assim os inimigos do homem serão os da sua própria casa.
Mateus 10: 35-36
Então nestes versículos acima basta um pouco de esforço
para tira-lo do CONTEXTO e teremos um PRETEXTO para uma guerra. As outras
religiões também têm seus pontos que podem ser distorcidos.
Religiosos
como exemplo
Temos
na Bíblia exemplos de religiosos que foram modelo de conduta
e administradores fieis, como o caso de José do Egito que chegou
a ser governador do Egito, e nesse tempo o país era o mais poderoso
do mundo.
Perguntou, pois, Faraó a seus servos: Poderíamos achar
um homem como este, em quem haja o espírito de Deus?
Depois disse Faraó a José: Porquanto Deus te fez saber
tudo isto, ninguém há tão entendido e sábio
como tu. Tu estarás sobre a minha casa, e por tua voz se governará
todo o meu povo; somente no trono eu serei maior que tu. Genesis 41:
38-40
Da mesma forma Daniel o vemos servindo a três reis seguidamente
(Nabucodonossor, Dario e Belsazar, além de provavelmente servir
a Assuero esposo de Ester) com fidelidade, na Babilônia o império
da época. Sempre os cristãos foram incentivados a serem
cidadãos modelos. Jesus inclusive foi exemplo disso, pagou seus
impostos, pregou obediência ao Estado e submissão a Deus
(Dar a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é
de Deus Lucas 20:25). Enfim Deus sempre quis que seu povo
trabalhasse e orasse pelo bem da cidade onde estão. E procurai a paz da cidade, para a qual fiz que fôsseis
levados cativos, e orai por ela ao Senhor: porque na sua paz vós
tereis paz. Jeremias 29:7
Conclusão
Embora muitos não queiram ser taxados de políticos, e
outros não serem de religiosos, na verdade política e
religião estão no nosso intimo, somos todos políticos
e religiosos, elo menos a principio, já que política está
ligada a cidadania, cuidado locais de convivência, relacionamento
e bem estar social. E quanto a religião é a nossa ligação
com Deus, ou o nosso posicionamento com o desconhecido, o espiritual
e moral. Assim sendo a religião da vida a política através
de seus conceitos e princípios. Sem religião a política
se torna comércio de interesses egoístas e da fé
publica, cheia de mentiras e sem propósito. A verdadeira religião
verdadeiramente transforma a sociedade. A religião pura e imaculada diante de nosso Deus
e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas
nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção
do mundo. Tiago 1:27
Consideremos os princípios cristãos na hora de escolher
os nossos políticos.