O pecado gerando morte
Estamos acostumados, as vezes, de relacionar a morte
como um castigo, porém aqui tomaremos o principio que a morte
é conseqüência, e algo inevitável após
o pecado.
Para caracterizar a morte como conseqüência inevitável
do pecado, pegaremos o exemplo da primeira morte depois do pecado.
E o Senhor Deus fez túnicas de
peles para Adão e sua mulher, e os vestiu. Genesis 3:21
Certamente os animais de quem Deus tirou as peles
para fazer as roupas de Adão e Eva foram as primeiras vitimas
do pecado, supostamente, talvez o primeiro holocausto pelo pecado,
pois sem derramamento de sangue, não há remissão
de pecados (Hebreus 9:22).
Assim como já sabemos, pelo pecado entrou a morte no mundo,
e pelo pecado original, vemos que foi necessário um derramamento
de sangue, para cobrir Adão e Eva, ou até figuradamente
o pecado.
A morte pondo fim ao pecado
Vimos que a morte foi gerada pelo pecado, porém
entendemos também que a morte coloca um fim na capacidade de
pecar. Por este motivo Deus expulsou o homem do paraíso, para
não comer da árvore da vida e ser um pecador eterno.
Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem se tem tornado como
um de nós, conhecendo o bem e o mal. Ora, não suceda
que estenda a sua mão, e tome também da árvore
da vida, e coma e viva eternamente.
O Senhor Deus, pois, o lançou
fora do jardim do Éden para lavrar a terra, de que fora tomado.
Genesis 3: 22-23
Este é o ponto crucial para entender o motivo
para Deus deixar o homem, literalmente, morrer. Pois o pecador não
deve existir eternamente, sendo assim, Deus como Juiz justo não
poder deixar que a ordem da eternidade seja manchada por pecadores
contínuos e sem remissão. Resumindo o pecador deve morrer.
Baseado neste principio, todos nós estamos condenados à
morte. Então ai entra os conceitos da Lei, as questões
da gravidade dos pecados, isso já em um patamar horizontal,
de homem para homem, não mais de homem para Deus. Seria a Lei
do olho por olho, dente por dente. (Êxodo 21:24).
Explicando melhor A lei diz: Não
matarás. Êxodo 20: 13
Mas se ele matar, se for um criminoso contumaz: Quem derramar
sangue de homem, pelo homem terá o seu sangue derramado; porque
Deus fez o homem à sua imagem. Genesis 9: 6
Isso seria o mesmo questionamento de Deus com os
pecadores Adão e Eva, pecadores contumazes, dentro do paraíso.
Então dessa forma se explica a Lei, matou, tem que morrer,
mas isso é claro segundo certas, e varias circunstâncias,
que a própria Lei, explica, com cidades de refúgios,
vingador de sangue, julgamentos, etc. Coisas bastante complexas, por
isso resumimos para entendermos só os princípios e não
o todo.
O limite da paciência
de Deus
Enchei vós, pois, a medida de vossos
pais.
Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação
do inferno? Mateus 23: 32 – 33
As misericórdias de Deus não têm fim, contudo
a paciência tem. O fato é que Deus da um limite a cada
ser humano, uma tolerância, não sabemos até onde
ela vai, vemos exemplos de povos que Deus dá tempo para arrependimento,
e até o caso de um rei que sua vida foi prolongada por 15 anos,
da cidade Nínive, mas o exemplo maior é do povo de Israel
em que Deus sempre estendia a mão até uma dia que a
repreensão foi inevitável.
Quanto a Israel, porém, diz: Todo
o dia estendi as minhas mãos a um povo rebelde e contradizente.
Romanos 10: 21
Então após se esgotarem todos os recursos, seguindo-se
a bondade e amor de Deus, chega a hora da justiça.
Disse-me, porém, o Senhor: Ainda
que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, não poderia
estar a minha alma com este povo. Lança-os de diante da minha
face, e saiam eles.
E quando te perguntarem: Para onde iremos? Dir-lhes-ás: Assim
diz o Senhor: Os que para a morte, para a morte; e os que para a espada,
para a espada; e os que para a fome, para a fome; e os que para o
cativeiro, para o cativeiro. Jeremias 15: 1-2
Perceba que em todo Deus tem dado oportunidade, e
analisando a Lei Sagrada, ela é bem misericordiosa, e condenações
deveriam ser raras, exemplo claro disso é o do profeta Jonas,
que não queria ir a Nínive, justamente por saber que
Deus era perdoador. Sendo assim o principio de Deus é sempre
dar outra chance, talvez por isso exista o provérbio popular:
“Vaso ruim não quebra”. Seria a misericórdia
de Deus?!
O juízo final, morte
e a segunda morte.
E dei-lhe tempo para que se arrependesse;
e ela não quer arrepender-se da sua prostituição.
Apocalipse 2:21
Explicar e justificar as intenções de
Deus é pretensão demais, e não pretendemos de
forma alguma entrar neste mérito. Por isso questões
dificílimas estamos reduzindo ao máximo seus conceitos,
para chegarmos ao um denominador comum, neste caso estamos conceituando
a morte como o ponto final para dar inicio ao julgamento. Após
a morte segue-se o juízo.
Neste ponto todos se igualam; o santo e o pecador morrem igualmente.
Contudo, a partir deste momento vem a vida eterna ou a segunda morte.
Assim neste momento da morte, o tempo do homem na terra se esgotou.
Esse tempo pode ser prorrogado ou encurtado, porém nunca recuperado.
Concluindo
A condenação da morte, dada por Deus,
é uma ação para erradicar o pecado e mal, pois
o desejo de Deus é a vida, e vida em abundancia.
Todas as violências que vemos no mundo, guerras santas e em
nome de religiões, na verdade são motivadas pela ira,
pecado e desamor humanos.
As ações de Deus estão todas baseadas no amor
até a morte.
Eu vim para que tenham vida e a tenham
em abundância. João 10:10