Mesmo
que não tenha resultado da consulta feito ao Inema, sobre o
impacto ambiental da construção das 490 casas próximo
a nascente do Rio dos Cágados, a Prefeitura Municipal, através
da Secretaria do Meio Ambiente, não está movendo uma
palha neste empreendimento da Caixa Econômica Federal.
Alertamos que o Rio dos Cágados é o único modo
de irrigação para a cultura de folhas dos produtores
locais, e não estamos vendo nenhuma ação dos
órgãos competentes para uma certificação
e uma certeza, de que a coleta do esgoto destas casas, que serão
jogadas na nascente do rio, mesmo passando por uma estação
de tratamento que dizem que será construída, serão
realmente coletadas 98,5% de impurezas.
A estação de tratamento será totalmente operada
pela Embasa, e para nós, aqui da cidade, esta empresa, sempre
deixou a desejar, não é de hoje que atestamos a incapacidade
da Embasa no fornecimento de água, ainda mais, em uma operação
de estação de tratamento. Em Feira de Santana, um conjunto
residencial, construído pelo mesmo sistema de habitação
encontra-se uma estação de tratamento de esgoto, totalmente
sem uso, mesmo estando pronta, encontra-se desativada, sem nunca ter
sido operada, pois até hoje a Embasa não mandou funcionários
para a sua manutenção e funcionamento.
Outra preocupação nossa, é, que depois da construção
finalizada, e a estação de tratamento operando, o local
será valorizado para outras construções, principalmente
de particulares, daí, haverá uma explosão populacional,
pois surgirá um novo bairro, e, vem a pergunta: Onde estas
novas construções, irão depositar o seus cocôs?
Na estação de tratamento deste condomínio?
Ou será que eles (os particulares) irão se cotizar para
implantarem uma outra estação de tratamento?
A vantagem é que a cidade terá numa construção
este porte, com 490 casas que serão vendidas e financiadas
pela Caixa a preços subsidiados, será de vital importância,
mas deveria ser em outro local, não as margens de uma nascente.
Com a palavra os interessados todos que dependem deste rio para a
sua sobrevivência, principalmente os moradores do Oitizeiro
e, as Ong’s que se preocupam com a natureza.
E tenho dito.